Um país inteiro parou de funcionar em plena manhã de terça-feira. Estudantes faltaram em seus compromissos escolares. Religiosos abandonaram a religião. Lojistas e clientes não se encontraram. Ônibus e passageiros não se balançaram. Todos se juntaram sem nenhuma distinção de classe social, raça ou outra qualquer diferença que haja no mundo e que nos separa. Todos torcendo para o Brasil. Para nada.
Esse foi o discurso que um amigo meu, Marcus Vinicius de Freitas, fez ao ver o 2º gol da Argentina e do Aguero.
Após isso, aparentemente conformado com a situação, ele falou:
– Gui, vamos jogar Winning Eleven?
E eu, é claro, aceitei.
Mas ainda havia uma pequena esperança em nossos corações que nos fez irmos ao quarto, porém deixarmos a televisão com o volume alto. Talvez esperássemos escutar um gol do Pato ou Ronaldinho, mas não foi isso que aconteceu.
O Galvão falou: -Pênalti para a Argentina.
Eu ainda pensei: “Nossa. O Renan pode pegar e dar o contra-ataque. A gente até pode diminuir o placar!”.
Gol do Riquelme.
Acabou.
Feio. Vergonha. Perda de tempo.
E eu ainda perdi de 7×0 no Winning Eleven.
Um abraço